03/02/2015

Autoridades da região debatem crise

“Todos os presentes reconheceram que a crise é real e o cenário para 2015 e 2016 será de desaceleração”, disse o presidente da Câmara de Vereadores de Campos e do Parlamento Regional, Edson Batista, durante o encontro de lideranças das regiões dos lagos e norte fluminense na tarde desta segunda-feira (02), em Macaé. Na reunião os presentes debateram a crise do petróleo, que afeta diretamente as cidades que recebem royalties sobre a atividade. O próximo encontro será no sábado (07) em Búzios.
Na reunião, além do prefeito de Macaé, Aluizio dos Santos Junior, estavam presentes os prefeitos de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino; de Carapebus, Amaro Fernandes; de Quissamã, Octávio Carneiro; de Conceição de Macabu, Cláudio Eduardo Barbosa; de Búzios, André Granado; de Cabo Frio, Alair Corrêa; e de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos de Lemos Machado. O secretário executivo da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Marcelo Neves, representou a Prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, presidente da entidade. Também compareceram presidentes e outros representantes das câmaras de vereadores.
“Ouvimos aqui e concordamos que estamos em uma crise e ela ainda vai aumentar. Os municípios estão fazendo reformulações e cortes, mas precisamos nos unir e buscar o Governo do Estado para que ele faça sua parte. No próximo encontro vamos convidar a Firjam e associações comerciais para passarmos essa realidade. Queremos elaborar um documento e criar uma governança regional com capital político para debater essa questão junto ao governo e a Petrobras”, explicou Batista.
O superintendente da Organização Nacional das Indústrias do Petróleo (Onip), Alfredo Renault, levou informações sobre a importância do petróleo no mundo. “A crise é internacional, além disso é conjuntural e não estrutural. A oferta cresceu e a demanda não cresceu na mesma velocidade.  Essa queda no preço do barril vai se agravar em 2015. O ato de diminuir o investimento leva a desaceleração a nível nacional em qualquer ritmo de produção”.
Gilson Batista Coelho, secretário da Associação das Empresas Brasileiras dos Serviços de Petróleo (Abespetro), falou sobre a Petrobras. “O Brasil tem uma incrível capacidade geográfica para o setor petroleiro, com reservas comprovadas e sem riscos sismicos. O estado do Rio representa até 70% da produção. Temos que elaborar uma agenda positiva e acredito que descentralizar a exploração por parte da Petrobras é importante para revertermos este cenário”, disse.
Por fim, o diretor presidente da Marcoplan Consultoria, Claudio Porto, ministrou palestra sobre gerenciamento de crise. “Devemos operar uma agenda de ajustes em primeiro lugar, sem improvisar, para continuar a atender a população de forma plena durante este momento de escassez”.
*Por Vivianne Chagas

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