A moral dessa gente não resiste a um vento nordeste
Os interesses escusos, obviamente, são velados. Redundância. Eu e o Dr.
Edson Batista agimos com transparência na vida pública. Não enganamos
ninguém e, por isso mesmo, temos crédito na sociedade. Podem discordar
das nossas idéias, dos princípios que defendemos, mas não podem nos
acusar de agirmos nas sombras. Muito menos de agirmos motivados por
interesses pessoais.
Minha história e a história de Dr. Edson é de coerência. Qualquer pessoa
que fizer uma análise de nossas vivências na política, constatará que
nunca obtivemos vantagens pessoais. Ao contrário. Eu, particularmente,
faço política desde muito jovem e nunca ocupei cargos públicos até
2009 (quando dirigi o Teatro de Bolso (1996/1998) havia sido eleito para
tanto pelos artistas de teatro.
Nutro uma amizade e uma admiração pelo Garotinho e pela Rosinha desde
1979 que nunca foram motivadas por interesses, mesmo quando galgaram os
degraus do poder e da fama. Portanto, não fazemos política olhando para o
próprio umbigo. A sociedade sabe disso. Até nossos adversários sabem
disso.
Eu e Dr. Edson estivemos, em momentos distintos e por motivos distintos,
em meio a polêmicas que ganharam a mídia. Exercendo vários cargos de
importância no Estado e no município, sendo vereador por três mandatos,
Dr. Edson jamais colocou seus interesses individuais acima do
coletivo. Agora, novamente, estamos em meio a um disse-me-disse, desta
feita com relação ao PTB, que tem na presidência o Dr. Edson e, na
vice-presidência, Avelino Ferreira. E qual o motivo real dessa boataria?
Após a eleição de 2010, quando fomos traídos por Roberto Henriques que,
já deputado, enalteceu Sérgio Cabral e passou a defender o governador,
Dr. Edson, que apoiou Pudim, me chamou para ajudá-lo a organizar o
partido visando já a eleição deste ano de 2012. Ao final de 2011, o PTB
contava com uma organização e uma nominata invejáveis. Os filiados
aumentaram e passaram a frequentar as reuniões e os cursos que
oferecemos.
Em março de 2012, os boatos de que o PTB sofreria uma intervenção e
passaria para a oposição ganharam espaços midiáticos. Não era verdade,
mas os boatos, embora sem espaço na mídia, continuaram. Este mês, a
classe política de Campos já sabia desde a primeira semana, que o PTB
sofreria uma intervenção. E, ná última semana, a Folha da Manhã chegou a
publicar, com base em "fonte segura" que Nelson Nahim, presidente da
Câmara e membro do recém fundado PPL, já estava "de posse" do Partido em
Campos, que seria presidido pelo seu amigo Álvaro Barbosa.
Arguido a respeito, disse que a situação do Partido não mudara e, caso
ocorresse o que se propalava, seria um golpe. Mas não acreditava que a
executiva regional implodisse o PTB local. Para acabar de uma vez por
todas com os boatos, Dr. Edson reuniu a executiva local e, juntos,
decidimos reunir todos os pré-candidatos para saber o que pensavam a
respeito e, caso o partido fosse para a oposição à Rosinha, o que
faríamos. Elaboramos uma nota que seria lida na reunião, manifestando o
apoio à Rosinha e a união do grupo em torno do projeto que sempre
defendemos, capitaneados pela liderança maior dos partidos coligados, o
deputado Garotinho.
Todos os pré-candidatos assinaram a nota. Para nós, do PTB, o caso
estava e está encerrado. Mas os boatos continuam. Agora, não é só o PTB
que irá para a oposição, segundo a "central de boatos", mas também o
PHS, o PSB e o PT do B. O motivo só pode ser a falta de sustentação
política e de projetos que possam angariar simpatias e votos da
população por parte da oposição. A oposição ao nosso projeto teme a
falta de legendas para conquistar cadeiras na Câmara e tenta cooptar os
partidos organizados e com boas nominatas para garantir-se.
Nós, do PTB, repudiamos essa prática. Fazemos política buscando o bem do
nosso povo, com mandato ou sem mandato. Na realidade, o mandato é fruto
do nosso trabalho em prol do povo e não de negociatas espúrias, na
calada da noite, com o intuito apenas da manutenção ou conquista do
poder para benefícios pessoais. Por isso estamos tranquilos. E
acreditamos no bom senso da executiva regional que, como nós, quer um
partido fortalecido, com pessoas de bem que envidem esforços para, cada
vez mais, melhorar a qualidade de vida da população.
Nossa história, minha e de Edson Batista, é o nosso "cartão de visita",
vai na nossa frente. Por isso, nada tememos, embora saibamos que os
oportunistas estão sempre a espreita. Se não para vencer uma disputa,
pelo menos satisfazer o ego com a queda de um oponente por um golpe
sujo. Coisa de gente doente.
O que nos move (isso essa gente doente se nega a admitir que possa
existir) é o bem-estar da nossa população, mormente a mais pobre. O que
nos move passa ao largo de interesses mesquinhos. O que norteia nosso
rumo está amalgamado à ética, com base em princípios universais e
inabaláveis. Essa gente que tenta macular a nossa imagem não resiste a
uma comparação de nossas trajetórias com as suas. Motivo maior: a moral
dessa gente não resiste a um vento nordeste.
http://www.avelinoferreira.com
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