Reproduzo aqui a matéria publicada
hoje pelo site Ururau, Informativo De Olho na Cidade, programa ancorado
pelos jornalistas Granger Ferreira e Victor Montalvão. Estarei no
estúdio amanhã, às 08 horas, para falar um piouquinho sobre meu
amigo/irmão Osório Peixoto. A seguir a matéria:
Fechando está semana de festa,
pelo aniversário da cidade de Campos, iremos saber nesta sexta-feira
(30/03), quem foi Osório Peixoto? Qual a história desta personalidade?
Quem contará tudo sobre o homem que virou o nome do Centro de Eventos
Popular, inaugurado está semana, será o subsecretário municipal de
Cultura, Avelino Ferreira, que conviveu muitos anos com Osório.
O Centro de Eventos Populares
Osório Peixoto, que foi inaugurado nesta quarta-feira (28), pela
Prefeita Rosinha Garotinho, durante as comemorações pelo aniversário de
177 anos da elevação da Vila de São Salvador à cidade Campos dos
Goytacazes, homenageia um dos grandes nomes da cultura de Campos: o
poeta e escritor Osório Peixoto. Osório faleceu no dia 10 de junho de
2006, vítima de complicações da diabetes. Seis anos depois, ele será
imortalizado com o seu nome no Centro de Eventos Populares.
O subsecretário municipal de
Cultura, Avelino Ferreira, que conviveu muitos anos com Osório, fala
dessa convivência com o poeta. “Como Ouvidor do Povo, no governo do
então prefeito Anthony Garotinho, Osório atendia todo mundo com a maior
paciência”, disse. “Os livros que ele escrevia eram vendidos por seu
amigo, irmão e parceiro de pesquisas, Nonô, pai de Newtinho Guimarães.
Atuamos juntos em diversos momentos como jornalistas. Dei todo apoio ao
lançamento de seu livro 'Mangue', um dos mais importantes de sua
carreira como escritor, embora o mais famoso, sem dúvida, seja “Ururau
da Lapa”, lembrou o subsecretário.
- Quando Osório lançou “Mangue”,
no Rio, me convidou. Fui lá e constatei seu prestígio: o salão cheio e
muitos autógrafos. Novamente em Campos, disse que ele ganharia algum
dinheiro com o livro. Osório me respondeu que era tudo aparência. Ele
preferia editar seis livros e vender, com Nonô, no Calçadão, pois
faturava mais que o livro lançado por uma grande editora, pois ficava
apenas com 10% do que vendesse. Como livro vende pouco, esses 10% eram
nada - contou Avelino.
Biografia resumida - Osório
Manoel Peixoto da Silva nasceu em Campos, no dia 7 de março de 1931.
Trabalhou como jornalista nos Jornais A Notícia, Monitor Campista, A
Cidade, O Globo, Última Hora e Correio Sanjoanense, além de ter sido
colaborador de O Ateneu, publicado pelos alunos do Liceu de Humanidades.
Como escritor e poeta, usou a palavra para defender o povo, enaltecer o
folclore, criticar a injustiça social e falar das belezas de sua terra.
Osório Peixoto escreveu dezenas
de livros, entre eles, “Histórias da Abolição”, “Mangue”, “O Frade e a
Freira”, “O Galo Favelado”, “A Rua do Homem em Pé” e “Os Momentos
Decisivos da História dos Campos dos Goytacazes”, entre outros. Como
reconhecimento pelo conjunto de sua obra, recebeu os prêmios José Martí,
da Casa Cuba-Brasil, e Alberto Lamego, a mais importante premiação da
cultura de Campos. Falecido em 10 de junho de 2006, Osório permanece
vivo na memória dos campistas.
Por: Avelino Ferreira

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